Eu não sou feminista porque...
- Mustard Jesus
- 13 de dez. de 2024
- 4 min de leitura
Conheci o feminismo na faculdade, e ele me foi apresentado como a minha única opção como mulher. Afinal, de conta que mulher seria contra a igualdade dos direitos civis entre homens e mulheres? Ou seria contra proteger as mulheres de assassinatos ou agressão?
Mesmo depois de ter conhecido Jesus, ainda achava que como mulher eu devia ser feminista. Foi então que navegando na internet me deparei com Ana Campagnolo que dizia que era impossível ser cristã e feminista. Minha primeira reação foi pensar: “meu Deus, ela nem deve saber o que estão falando”. Mas isso não saiu da minha cabeça, até que um dia eu me toquei que eu nunca tinha parado nem por um minuto para estudar sobre o feminismo, eu não sabia mais do que a meia dúzia de coisa que algumas meninas repetiram para mim e eu concordei.
Comecei a estudar, assisti vídeos e documentários que falavam sobre a história do movimento, comprei livros sobre o assunto e li algumas reportagens falando sobre as representantes feministas de cada uma das suas “ondas” do movimento. Ao final de tudo, me envergonhei por um dia ter me declarado parte disso.
Embora seja fantasiado de muitas coisas lindas, o feminismo não é, e nunca foi, um movimento que busca por igualdade, mas sim superioridade das mulheres em relação aos homens. Ao defender pautas como “o direito das mulheres” as feministas estampam com muita clareza sua intenção em fazer do homem o vilão da humanidade, enquanto falam das mulheres como sendo oprimidas e negligenciadas, e por isso “merecem” mais direitos do que deveres em nosso país.
Exemplo disso esta no fato 619 mil brasileiros terem sido vítimas de homicídios de entre 2007 e 2017, sendo 91,8% das vítimas homens (de acordo com a edição do Atlas da Violência divulgado em 2019). Mas quando se liga a TV o que se ouve? Feminicídios, palavra recentemente inventada para falar de homicídio de mulheres, enquanto a realidade é que muito mais homens são mortos dessa maneira.
Outro grande exemplo é a Lei 14.611 lançada em 2023, chamada lei de equiparação salarial, resumidamente se comprovado que uma mulher no mesmo cargo que um homem ganha menos, a empresa deverá pagar uma multa de até 3% da folha de pagamento. Mas será que o único critério para que a empresa usa para delimitar os salários é o gênero? Será que essa mulher não pode ser menos competente que o homem? Será que a área que ela atua não pode ser uma área de apoio da empresa e por isso ele, que atua mais diretamente com a operação, ganhe mais? Será que ele não tem mais graduações que ela? E digo mais, visto que a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) já nos dizia que “sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade.” (Art. 461), qual a intenção de criar uma nova lei sobre o assunto?
Isso pensando apenas exemplos recentes, sem mencionar que a base do feminismo é o marxismo, ou seja, tem seus fundamentos formados no fim da constituição familiar e da religião. E não refletindo um pouco sobre as nojentas histórias de suas principais representantes, como a tão aclamada Simone de Beauvoir que assediava suas alunas 16 anos e as conduzia para cama do seu companheiro Jean-Paul Sartre, homem tão repugnante quanto ela.
E a pergunta que fica depois de tudo isso é: como ser cristã e levantar uma bandeira dessa?
A Bíblia nos diz o seguinte:
“Pois Deus não mostra favoritismo.”
Rm. 2:11
“Então, Pedro começou a falar:
― Agora percebo verdadeiramente que Deus não trata as pessoas com parcialidade, mas de todas as nações aceita todo aquele que o teme e faz o que é justo.”
At. 10:34
“Todos vocês são filhos de Deus por meio da fé em Cristo Jesus, pois os que em Cristo foram batizados vestiram‑se de Cristo. Não há judeu nem grego, nem escravo nem livre, nem homem nem mulher, pois todos são um em Cristo Jesus. Se vocês são de Cristo, são descendência de Abraão e herdeiros segundo a promessa.”
Gl. 3:26-29
Portanto, Deus deixa claro que nenhum tipo de favoritismo, seja para homens ou para mulheres, tem sentido. Embora a cada um seja dada funções, dons e características diferentes, temos todos o mesmo valor para o Senhor.
Não podemos dizer que não há injustiça no mundo, e nem mesmo que mulheres não sofrem violência doméstica, mas eu sei que a única cosmovisão que pode nos direcionar a realizar a justiça verdadeira é a cristã, porque o único é capaz de tratar qualquer assunto com a verdadeira justiça é Jesus, toda outra bandeira levantada para tratar qualquer assunto sofre desvios e no fim busca por um favoritismo. Já diria o rei Davi:
“O Senhor faz justiça e defende a causa de todos os oprimidos.”
Sl103:6
Não é atoa que a igreja, mesmo que negligenciada e muitas vezes ridicularizada, é a maior impulsionadora de mudança de realidades de muitas pessoas no nosso país, é o corpo de Cristo que entra em presídios, que sobe comunidades, entra Cracolândias espalhadas em nossa nação e tira as pessoas do fundo do poço. É o corpo de Cristo que dá suporte verdadeiro a mulher que apanhada do marido, é a igreja que impede que muitos bebês morram no ventre, que acolhe as crianças que são violentadas, os casais que têm seu casamento destruído, as viúvas, idosos e pobres.
É olhando para a verdade que entendi que a única bandeira que levanto é a cruz de Cristo.
Caso tenha ficado brava comigo, não tem problema. Só peço que estude mais sobre o tema e deixe o Espírito Santo ministrar em seu coração.
Com amor,
Emanuele Incau.
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